Quando cursávamos pós- graduação em Leitura e Produção de texto, fomos alunas da doutora Lúcia Villela. Gaúcha, fez doutorado no Rio de Janeiro, e contava-nos várias situações engraçadíssimas pelas quais passou em função das diferenças dialetais. O uso de tu e você ocasionou uma dessas histórias.
Certa vez, ao encontrar um menino, filho de conhecidos seus, ofereceu-lhe três bombons e instruiu:
_ É um para a tua mana, um para o teu mano e um para ti.
_ Mas e para mim? Indagou o menino já com cara de triste.
_ Sim, aqui está. Um para o mano, um para a mana e um para ti.
_ Mas e para mim? Repetiu o menino, já começando a chorar.
Após alguns minutos de repetição desse diálogo e de muitas lágrimas derramadas pelo menino, a doutora Lúcia deu-se conta do problema e consertou:
_ É um para o mano, um para a mana e um para você.
O menino parou de chorar imediatamente, e correu para dividir os bombons com os irmãos. Até então, talvez pensasse que “ti” fosse uma outra pessoa...
Oi Lisiane!
ResponderExcluirNão imaginas o quanto foi prazeroso ler esta tua postagem e poder relembrar a nossa pós e, principalmente, a querida e maravilhosa professora Lúcia Villela. Foram muitos os momentos de aprendizado. Saudades!!
Gostaria de dizer também, que é um prazer tê-la neste curso, pois as contribuições que trazes são riquíssimas e interessantes. Parabéns pelo teu esforço e competência!
Beijos
Núria Oliveira
Tutora Presencial/Aluna
Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade
Pólo de Hulha Negra - RS